Boletim semanal do milho (IMEA)

CUIABÁ - A área de milho para a safra 23/24 em Mato Grosso se manteve em 6,94 milhões de hectares em agosto ante julho. Já no que se refere à produtividade, o levantamento do Instituto apontou alta de 0,45% ante a divulgação de jul/24, ficando em 114,04 sc/ha. Essa melhora no rendimento está associada às boas produtividades observadas durante o período da colheita, reflexo do bom desenvolvimento das lavouras, condições climáticas favoráveis e semeadura dentro da janela considerada ideal no estado.
No que se refere às regiões, os destaques são para a Oeste, a MédioNorte e a Noroeste, que apresentaram os melhores rendimentos em ago/24, de 120,65 sc, 120,03 sc e 113,55 sc, respectivamente. Por fim, com o aumento da produtividade e manutenção na área, a produção esperada para o ciclo ficou em 47,52 milhões de toneladas, alta de 0,45% ante jul/24, segunda maior produção da série histórica do Imea.
QUEDA: devido à pressão da colheita, aliada à redução do milho em Chicago, a cotação do cereal disponível em MT diminuiu 2,73% na última semana.
REDUÇÃO: devido à melhora nas condições das lavouras dos EUA na última semana, o preço do milho na CME-Group caiu 3,53% no comparativo semanal.
ACRÉSCIMO: o dólar corrente futuro apresentou ajuste positivo de 0,93% ante a última semana, sendo cotado na média de R$ 5,68/US$.
Imea reajusta em ago/24 a demanda de milho para a temporada 23/24
De acordo com o Instituto, a expectativa para o ciclo ficou em 48,15 mi de t, 0,09% a mais que no mês passado. Quando comparada com a da safra 22/23, a demanda ainda está 6,18% menor. Apesar disso, o consumo mato-grossense está 6,06% maior que na temporada passada, puxado, principalmente, pelo incremento do consumo das usinas de etanol de milho no estado, que participam com 73,74% do consumo interno.
Já o consumo para a ração animal participa com 26,26% do total consumido em Mato Grosso. Do lado das exportações, apesar da queda na expectativa para a temporada 23/24 em 9,63% ante a safra 22/23, os escoamentos ainda são responsáveis pela maior participação dentro da demanda, de 56,72%, com estimativa de 27,31 mi de t. Por fim, com a projeção de 4,99 mi de t, o consumo interestadual representa 10,36% da demanda de Mato Grosso, 14,26% a menos que na safra passada.